Sabe aquela dor no joelho em forma de agulhadas ao correr, andar ou subir escadas? Pois bem, pode ser a Condromalácia Patelar.
A Condromalácia Patelar, também chamada de Condropatia Patelar ou Síndrome Femoro-Patelar é uma doença muito frequente na população atingindo pessoas de todas as idades que apresentam algum desequilíbrio muscular de membros inferiores.
Atinge principalmente corredores e atletas que praticam, de forma exagerada ou com má orientação, suas atividades físicas. O que gera o desequilíbrio muscular. Mas também atinge pessoas que sobem e descem escadas ou pessoas que permanecem com os joelhos flexionados por um período prolongado. É mais comum em mulheres.
O termo condromalácia significa “amolecimento da cartilagem”. Ela ocorre por um excesso de pressão entre a cartilagem do fêmur e a cartilagem da patela.
Não existe uma causa exata, porém um dos fatores mais identificados para o surgimento desta síndrome é o desequilíbrio biomecânico estabelecido nesta articulação. A patela é um osso do organismo que sofre grande pressão de compressão, (a força de compressão da articulação femoro-patelar é de aproximadamente 7 vezes o peso da pessoa, dependendo da atividade desenvolvida!). Sabendo disso, fica fácil entender que pequenos hábitos de postura podem machucar a cartilagem da patela.
Este desequilíbrio na patela gera um desalinhamento da articulação e com isso uma pressão anormal no joelho causando um trauma crônico (que persiste no tempo) por excesso de movimento e carga. Porém, traumas de impacto agudos (pontuais) também podem levar à Condromalácia.
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Os principais sintomas são:
– Inchaço por baixo da rótula (patela) do joelho.
– Dor constante no meio do joelho.
– Dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito tempo sentado.
– Os “barulhos” no joelho, conhecidos como crepitações, percebidos principalmente quando o paciente se agacha ou se levanta.
O diagnóstico é estritamente clínico, ou seja, guiado pelo histórico do paciente e exame físico. Os exames de imagem, como radiografia e ressonância magnética, auxiliam na identificação de anomalias anatômicas e também na localização e gradação da lesão, que determinam a gravidade e extensão do problema.
O fisioterapeuta é o profissional adequado para realizar o tratamento, que na maioria dos casos não necessita de cirurgia. Esse profissional utiliza vários recursos para a diminuição da dor e reestruturação da biomecânica correta do joelho e do corpo como um todo, para diminuir a pressão sobre os joelhos e assim permitir a volta das atividades físicas e da vida diária.